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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

QUERO UM AMOR

Quero um amor alucinado, depravado, tarado.
Amor inteiro, de corpo , enlacados.
Amor sem reserva, que a tudo se entrega, lancinante.

Quero voce assim, abrasada, pedindo gozo,
Ericada, ronronando feito gata, tesuda.
Seus seios tumidos, me furando o peito.

Quero voce, pentelho contra pentelho, rocantes.
Carne encravada na carne. Bocas coladas,
Babadas, meladas, sangrando sufocadas.

Quero amar voce tao bichalmente que urremos.
Eu, penetrando rasgando. Voce me comendo furiosa.
Nos dois fundidos, unidos, soldados.

Voce e eu, nos dois, sos, neste mundo dos outros...

enviado por um amigo

MAIS UMA NOITE DE AMOR



Enfeitiçada pelos teus  doces afagos...
nossas noites são resumidas em poesia...
tua boca quando me beija me sinto no ar,
perdida e apaixonada fico quando tuas mãos
fazem do meu corpo teu universo...
entoas uma bela canção quando colas teu
corpo ao meu, o que era sonho vira realidade...
somos um só; nossas almas se completam,
nossos desejos insanos nos alucinam..
da vidraça a LUA nos cobre  de cumplicidade...
como o perfume de flores frescas...
Ah! Este amor  que nos faz rejuvenescer;
nossa nudez é pura, faz vir à tona o desejo!
desejo de fazer amor...
de beijar na boca...
de gritar na hora do gozo...
de querer dormir contigo..
entrelaçar nossas mãos...
ouvir-te sussurrar no meu ouvido...Te amo...

MENDUIÑA






AMOR

Amor – pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.

Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?

O corpo noutro corpo entrelaçado,
fundido, dissolvido, volta à origem
dos seres, que Platão viu completados:
é um, perfeito em dois; são dois em um.

Integração na cama ou já no cosmo?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?

Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
a fonte, o fogo, o mel se concentraram.

Vai a penetração rompendo nuvens
e devassando sóis tão fulgurantes
que nunca a vista humana os suportara,
mas, varado de luz, o coito segue.

E prossegue e se espraia de tal sorte
que, além de nós, além da própia vida,
como ativa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando.

E num sofrer de gozo entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax:
é quando o amor morre de amor, divino.

Quantas vezes morremos um no outro,
no úmido subterrâneo da vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.

Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre.


Carlos Drummond de Andrade('Poemas Eróticos', livro publicado postumamente)


POEMA ME ENVIADO PELO AMIGO ANTONIO DA SILVA.... BEIJOS